quinta-feira, 11 de março de 2010

O Poder do Pensamento Negativo


Recentemente, li um artigo intrigante sobre o poder do pensar negativamente a respeito das coisas. Esse autor defende uma tese muito interessante: de que ter uma visão mais pessimista nos torna mais preparados diante das situações do dia a dia, devido ao comportamento "pé atrás" que passamos a assumir ao agir. Em vários pontos do texto, ele mete o malho nos "polianas" de plantão e nos propagadores de ideias como "lei da atração", o "segredo" e outras baboseiras clássicas. 

De fato, esse "pessimismo defensivo" é um excelente neutralizador de surpresas desagradáveis. Ao pensar no que pode dar errado, bolamos maneiras de contornar o problema e proteger nossas atividades dos inevitáveis imprevistos.

Em gestão de projetos essa atitude tem um nome: chama-se Gestão de Riscos.

E o que seria um risco para o projeto? Segundo o PMBOK, a definição é a seguinte:

"Evento ou condição incerta que, caso ocorra, terá um efeito positivo ou negativo sobre pelo menos um objetivo do projeto, como tempo, custo, escopo ou qualidade."

Esssa definição é interessante pois mostra que há também riscos positivos para qualquer projeto. Muitos acreditam que o risco é sempre algo negativo e que sempre resultará em efeitos adversos à atividade realizada. Obviamente, não estamos preocupados com os efeitos positivos inesperados e sim com os de efeito negativo.

Métodos e frameworks como RUP, PMBOK e CMMI encorajam uma abordagem disciplinada a respeito dos riscos de um projeto. A ideia é listar, tão cedo quanto possível, os riscos principais do projeto e tratá-los logo nas primeiras iterações. Entretanto, frequentemente essa prática é sumariamente ignorada pelas equipes, em prol da realização de atividades que mostrem "mais serviço pronto" ao chefe, como o desenvolvimento dos cadastros de uma aplicação. Essa atitude é a que provoca falsos inícios em um projeto, postergando as atividades de maior risco que podem gerar surpresas desagradáveis mais à frente (e é o que geralmente acontece).

Por isso, entre sempre com o "pé atrás" em qualquer projeto.

Ajuda a evitar dores muito fortes de cabeça...

2 comentários:

  1. No ambiente de TI não é muito diferente. A Lei de Murphy, apesar de não cunhada especificamente para a área de informática, é muito usada por nós. Em quase todas as situações de trabalho em que me encontro enfrento imprevistos. Acredito que uma pequena mudança no ambiente de rede, por exemplo, pode provocar um ruído grande afetando boa parte dos sistemas que dependem da rede para operar. Por isso devemos ser previnidos e gerir os riscos envolvidos numa operação, ou seja, ter um pessimismo defensivo do qual você falou.

    Abraços
    Fred

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  2. Fala velho!

    Não gerenciar riscos é aumentar a probabilidade de qualquer projeto ir para a "vala" hehe

    A lei de Murphy é a grande descoberta para nós de TI rsrs

    Convém prestar atenção...

    Abs

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